Ele foi o quarto dos Doze Profetas Menores e viveu durante o século IX aC. Ele era da vila de Betharam, perto de Sichem, e serviu como mordomo do ímpio rei israelita Acabe. Naqueles dias, todo o Israel se afastou do verdadeiro Deus e começou a oferecer sacrifícios a Baal, mas Abdias serviu fielmente ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó em segredo. Quando a esposa de Acabe, a ímpia e dissoluta Jezabel, perseguiu todos os profetas do Senhor (por causa de sua briga com o profeta Elias), Abdias deu-lhes abrigo e comida (3/1 Rs 18:3 ss). O sucessor de Acabe, o rei Ocozias [Acazias], enviou três destacamentos de soldados para prender o santo profeta Elias (20 de julho).
Um desses destacamentos era chefiado pelo santo Profeta Abdias. Através da oração do Profeta Elias, dois dos destacamentos foram consumidos pelo fogo celestial, mas Abdias e seu destacamento foram poupados pelo Senhor 4/2 Rs 1).
A partir desse momento, Abdias renunciou ao serviço militar e tornou-se seguidor do Profeta Elias. Depois, ele próprio recebeu o dom de profecia. A obra inspirada por Deus do Profeta Abdias é o quarto dos Livros dos Doze Profetas Menores da Bíblia e contém previsões sobre a futura salvação dos gentios (cap. 15) e que o Salvador viria de Sião (cap. 17).
O santo Profeta Abdias, cujo nome significa servo (ou adorador) do Senhor, foi sepultado em Samaria.
Na iconografia, o profeta Abdias é retratado como um velho de cabelos grisalhos e barba arredondada. Seu pergaminho diz: “Naquele dia, diz o Senhor, destruirei os sábios da Iduméia.” (Abdias 1:8).
Tropário – Tom 2: Celebramos a memória / do Teu profeta Abdias, ó Senhor; / por meio dele te suplicamos: / “Salva as nossas almas”.
Santo Mártir Barlaão de Cesaréia († 304)
São Barlaão foi um agricultor numa aldeia localizada nas proximidades de Antioquia. Sua fé em Cristo mexeu com seus perseguidores que o mantiveram durante um longo tempo na prisão antes que fosse julgado. O juiz zombou da aparência e linguagem rústicas de Barlaão, mas não podia deixar de reconhecer e admirar suas virtudes e sua firmeza. Apesar disso, foi cruelmente açoitado, mas de sua boca não se ouviu uma única queixa. Depois, como consequência das torturas que sofreu, teve os ossos desconjuntados. Como também isso não surtisse os efeitos esperados, o prefeito o ameaçou de morte, ordenando que lhe mostrassem a espada e feixes manchados com o sangue de outros mártires.
Barlaão tudo assistiu sem dizer uma palavra. O juiz, envergonhado ao se sentir vencido, ordenou que fosse levado de volta para o prisão, enquanto planejava um tormento ainda pior. Finalmente, acreditou que tivesse descoberto uma forma para fazer com que Barlaão renegasse sua fé e oferecesse sacrifícios ao ídolos. O prisioneiro foi conduzido diante de um altar onde se encontrava um braseiro. Os guardas puseram incenso na mão de Barlaão que estava presa, de tal modo que, ao menor movimento, o incenso caísse sobre as brasas como num gesto de sacrifício. Embora, na realidade, tal movimento resultasse de um ato instintivo, Barlaão, temendo escandalizar seus irmãos, manteve firme sua mão direita sobre o fogo ate que o calor a queimasse inteiramente. Logo depois, entregou seu espírito ao criador sem, no entanto, abandonar a sua fé. Isso se deu no ano 304 da era cristã.
Tropário – Tom 4: Teu santo mártir Barlaão, ó Senhor, / através de seus sofrimentos recebeu de Ti uma coroa incorruptível, nosso Deus. / Por ter a tua força, ele abateu os seus adversários, / e destruiu a ousadia impotente dos demônios. / Através de suas intercessões, salve nossas almas!
Outras comemorações do dia:
- São Heliodoro, Mártir de Cesaréia;
- Santos Anthimos, Talaleos, Cristóforo, Eufimia e seus filhos, Mártires.