Nasceu em Siracusa, capital da Sicília. Seu pai morreu quando ainda era criança sendo educada por sua mãe na fé cristã. Desde muito jovem decidiu em segredo permanecer virgem para Jesus. Ela se destacava por sua caridade e compaixão pelos pobres. Sua mãe a tinha prometido em casamento a um homem pagão. A mãe sofria de hemorragia e não se beneficiou dos tratamentos dos médicos. Sua filha a convenceu a visitar o santuário do mártir Agathi Al-Batoul (5 de fevereiro) na cidade de Catani pedindo sua intercessão. Sua mãe recebeu a graça curativa e sua filha voltou para Siracusa e seu coração parecia ter sido mudado, pois, já não tinha problemas com a filha que insistia em manter o sua consagração e concordou em distribuir a maior parte de sua riqueza aos pobres. Mas ela ficou chocada com o que a sua filha lhe disse: “Quem dá a Deus o que não pode levar consigo para a sepultura ou o que não oferece a Deus nesta idade não se agrada a Deus.
Se o seu desejo é fazer o que agrada a Deus, dê-lhe o que precisas. Com a morte não podes beneficiar do que te agarras agora. Na morte você precisa de Deus o que você não pode carregar desse mundo, então é melhor dar a Cristo o que você tem enquanto está vivo e com saúde. Dá-lhe o que guardaste para mim. Dê agora, não demore até amanhã! “. O noivo da santa conhecia a sua recusa em casar e a sua vontade de distribuir a sua riqueza aos pobres, então ele foi seduzido e disse-lhe ao governante Pascasius que ela era cristã. O governador mandou aprisiona-la e tentou persuadi-la de forma branda a abdicar de sua fé e a não distribuir aos pobres os seus bens, mas não teve sucesso. Então, para lhe inspirar medo lhe disse que iria coloca-la em uma casa de prostituição para que fosse quebrado o voto de virgindade e assim, pudesse ceder ao casamento. Mas ela corajosamente respondeu: “O corpo não se contamina sem o consentimento da mente.” Deus a protegeu e ninguém conseguiu atentar contra a sua virgindade. Então lhe amarram e atearam fogo, mas ela não se queimou. O governador irado ordenou que ela fosse decapitada. Desde muito cedo a veneração de suas relíquias atraiam muitos fieis que a invocavam como especial intercessora na cura de doenças dos olhos, símbolo de seu nome que significa “luz”.
Santos Eustrácio, Auxêncio, Eugênio, Mardário e Orestes, Mártires da Grande Armênia († início do séc. IV)
Estes mártires viveram na época em que as perseguições aos cristãos, impetradas pelo imperador Diocleciano, eram freqüentes. Eustrácio, um oficial superior, foi aprisionado pelo Duque de Lysia que, após torturá-lo cruelmente, o enviou ao prefeito Agricola, conhecido por sua crueldade aos cristãos. Este, por sua vêz, submeteu Eustrácio a novas formas de torturas, ordenando depois que se fossem calçados em seus pé sapatos de ferro com lâminas afiadas, obrigando-o a caminhar. Por fim, ainda vivo, foi jogado ao fogo. Auxêncio era sacerdote, conterrâneo de Eustrácio. O monarca tentou, com muitas promessas, persuadí-lo a renegar a fé cristã. O digno sacerdote de Cristo, porém, contestou: “Não é necessário que eu lhe diga muitas palavras, caro Lysia. Nesta vida sou de Cristo e o serei até a morte.
E, nem com inumeráveis castigos e feridas, nem com fogo ou ferro, conseguirás me fazer mudar minha fé porque Cristo é onipotente e sua cruz invencível” – isto é, o homem Auxêncio pode ser frágil, mas o cristão Auxêncio e sua fé são indestrutíveis. O monarca, muito irritado com a resposta de Auxêncio, ordenou que fosse decapitado. Mardário, após ter sido perfurado no tornozelo, foi pendurado de cabeça para baixo e depois queimado. O oficial Eugênio, após ter sua língua e mãos cortadas, quebraram-lhe as pernas e faleceu. O soldado Orestes foi queimado sobre uma pilha de madeira. Que Deus os tenha em seus braços, estes santos mártires e confessores, exemplos de fé.
Outras comemorações do dia:
São Herman, o Taumaturgo, do Alask, primeiro Santo da América;
São Gabriel, o Hieromártir, Arcebispo da Sérvia;