São Cipriano, cujo nome verdadeiro era Tascius Caecilius Cyprianus. Acredita-se que ele tenha nascido no ano de 250 d.C, em Chipre e vivido da Antioquia- região da Ásia que hoje pertence à Turquia. A região era na época conhecida pelos hábitos devassos e depravados da maioria de seus habitantes, costumes estes tão baixos que por inúmeras vezes chegaram a causar grande preocupação às administrações imperiais de Roma. Nascido em uma família rica e de crenças pagãs, ele seguiu os caminhos da feitiçaria e das ciências ocultas como alquimia, astrologia, adivinhação e outros tipos de magia. Diz a história de que aos 7 anos ele já era considerado um jovem mago que conseguia invocar trovões, ventos, formar tempestades marítimas e terrestres. Foi um homem que viajou por muitos países, aprendendo e ensinando feitiçaria. Viajou pelo Egito e Grécia e aos trinta anos decidiu ir para a Babilônia para conhecer a cultura oculta dos Caldeus. Contudo, a história desse homem mudaria na cidade de Antioquia, ao conhecer a jovem Justina. Rica e bela, foi educada nas tradições pagãs e tornou-se cristã, convertendo seus pais e se tornando extremamente devota à Cristo. Ao chegar a adolescência, Justina foi prometida em casamento ao jovem Aglaide, rico e apaixonado pela jovem. Contudo, Justina não queria aquela união e optou por manter-se virgem. O noivo ficou enfurecido e recorreu ao feiticeiro Cipriano, pedindo um feitiço para que a noiva se entregasse para o casamento. Mas, para surpresa dos envolvidos, nada aconteceu. Justina conseguia rebater a magia de Cipriano com orações e devoção. Ele investiu nas tentações demoníacas sobre o corpo da jovem, fez sacrifícios, usou dos mais avançados conhecimentos, mas nada foi capaz de fazer a moça sucumbir. Depois disso, a fé do feiticeiro ficou abalada e fez com que ele se voltasse contra o demônio e tudo aquilo que ele vinha praticando por tanto tempo. Nesse meio tempo, um amigo cristão, Eusébio, fez parte dessa conversão para uma nova vida. Cipriano se tornou cristão, queimou seus livros de feitiços e distribuiu todos os seus bens aos pobres. Justina e Cipriano passaram a pregar a fé cristã por Antioquia. Depois de converter-se, Cipriano foi fortemente atormentado pelos espíritos de bruxas e demônios que o perseguiam, mas ele não vacilou, foi forte e manteve sua fé, afastando de si estas aparições malignas que pretendiam fazer com que ele retornasse aos caminhos do maligno. Ao saber desses dois novos pregadores, o imperador romano, Diocleciano, mandou que eles fossem mortos- já que era proibida a prática do cristianismo na Nicomédia. Assim, Justina e Cipriano foram perseguidos e torturados até que renegassem sua fé. Como isso não aconteceu sob nenhuma hipótese, foram mortos decapitados às margens do Rio Galo na Nicomédia.