O Arcanjo Miguel, é um dos anjos superiores e está intimamente relacionado com o destino da Igreja. As Escrituras Sagradas nos ensinam que, para além do mundo físico, há um mundo espiritual habitado por seres espirituais, bons e sábios, e que se chamam anjos. Em grego a palavra “anjo” significa Mensageiro. São assim denominados nas Escrituras Sagradas porque Deus, através deles, comunica sua vontade aos homens. Como é a vida dos anjos no mundo espiritual onde habitam, e em que consiste sua missão? Sabemos muito pouco e, ademais, não estamos em condições de compreende-lo. O mundo angelical é muito diferente do nosso mundo material, não se aplicando as noções de tempo e espaço no sentido como entendemos em nosso mundo, bem como, as outras condições existenciais. A prefixo “arc” em “arcanjo”, usado para alguns anjos, denotam sua superioridade em relação aos demais seres angelicais. O nome Miguel, em hebraico, significa “Quem como Deus!” Sempre que nas Escrituras é dito sobre a aparição de anjos aos homens, só de alguns deles são mencionados seus nomes – possivelmente, porque tenham recebido missão especial de consolidar o Reino de Deus na Terra. Entre estes, os Arcanjos Miguel e Gabriel, mencionados nos livros canônicos da Escritura Sagrada, e também os dos arcanjos Rafael, Uriel, Sariel, Jerahmeel e Rachel, nos livros que não fazem parte do cânon das Escrituras. (Canon ou catálogo dos livros sagrados declarados autênticos pela Igreja no século V a. C. Os livros sagrados escritos posteriormente não entraram no cânone e, portanto, são chamados de “não-canônicos”). Geralmente, o arcanjo Gabriel aparece como mensageiro de grandes e alegres eventos relacionados ao povo de Deus (Dn 8,16-9, 21; Lc 1,19-26). No livro de Tobias o arcanjo Rafael diz de si mesmo: “Eu sou um dos sete anjos que elevam as orações dos santos e estão sempre de pé diante do Senhor”. (Tb 12, 15). Daí a certeza de que lá no céu há sete arcanjos, um dos quais é o arcanjo Miguel. Nas Escrituras Sagradas o arcanjo Miguel é mencionado como o “Príncipe dos espíritos celestiais”. Ele aparece como um grande lutador contra o diabo e toda a iniqüidade entre os homens. Daí o seu nome na Igreja de “Príncipe dos espíritos celestiais”. Assim o arcanjo Miguel se apresentou a Josué, como ajuda na conquista da Terra Prometida. Ele apareceu ao profeta Daniel durante a queda do reino da Babilônia, e quando teve início a implantação do reino do Messias. A Daniel lhe foi profetizado sobre a ajuda de Deus ao seu povo através do arcanjo Miguel nas futuras perseguições no reinado do Anticristo. No livro do Apocalipse, o arcanjo Miguel é apresentado como o grande defensor do povo de Deus contra o diabo e os outros anjos rebeldes. “ E houve batalha no céu; Miguel e os seus anjos batalhavam contra o dragão, e batalhavam o dragão e os seus anjos; mas não prevaleceram, nem mais o seu lugar se achou nos céus. E foi precipitado o grande dragão, a antiga serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo; ele foi precipitado na terra, e os seus anjos foram lançados com ele” Ap 12,7-9. O Apóstolo Judas faz menção ao arcanjo Miguel como o adversário do diabo. (Jo 5,13; Dn 10,12; Jd. 9; Ap 12,7-9, Lc 10,18). Alguns dos Pais da Igreja pensam que, segundo as Escrituras Sagradas, o arcanjo Miguel participou noutros importantes acontecimentos na vida do povo de Deus, mas não mencionam precisamente quais foram. Por exemplo, identificam-no com a misteriosa coluna de fogo que seguia diante do povo hebreu durante a sua fuga do Egito, e que fez afogar o exército do Faraó e derrotar o grande exército assírio que cercava Jerusalém, no tempo do profeta Isaías. (Ex 33,9; 14,26-28; 2 Reis 19,35).
Os Anjos de Guarda
Os Anjos são antes de tudo os mediadores das mensagens da verdade Divina, iluminam o espírito com a luz interior da palavra. São também guardiões das almas dos homens, sugerindo-lhes as diretivas Divinas; invisíveis testemunhas dos seus pensamentos mais escondidos e das suas ações boas ou más, claras ou ocultas, assistem os homens para o bem e para a salvação. São Gregório Magno diz, que quase cada página da Revelação escrita, atesta a existência dos Anjos. No Novo Testamento aparecem no Evangelho da infância, na narração das tentações do deserto e da consolação de Cristo no Getsêmani. São testemunhas da Ressurreição, assistem a Igreja que nasce, ajudam os Apóstolos e transmitem a vontade Divina. Os Anjos preparam o juízo final e executarão a sentença, separando os bons dos maus e formarão uma coroa ao Cristo triunfante. Eles os Anjos, são mencionados mais de trezentas vezes no Antigo Testamento. Além de todas essas referências bíblicas, que por si só justificam o culto especial que os cristãos reservam aos anjos desde os primeiros tempos, é a natureza destes “espíritos puros” que estimula nossa admiração e nossa devoção. Dizia Bozzuet : “Os Anjos oferecem a Deus as nossas esmolas, recolhem até os nossos desejos, fazem valer diante de Deus os nossos pensamentos… Sejamos felizes de ter amigos tão prestativos, intercessores tão fiéis, intérpretes tão caridosos.” Fundamentando a verdade de fé, a Igreja nos diz que cada cristão, desde o momento do batismo, é confiado ao seu próprio Anjo Custódio, que tem a incumbência de guardá-lo, guiá-lo no caminho do bem, inspirando bons sentimentos, proporcionando a livre escolha que tem como meta Deus, Supremo Bem.
Arcanjo Miguel
Miguel, que significa: “Quem como Deus?” é o defensor do Povo de Deus no tempo de angústia. É o padroeiro da Igreja e aquele que acompanha as almas dos mortos até o céu.
Arcanjo Gabriel
Gabriel, que significa “Deus é forte” ou “aquele que está na presença de Deus”, aparece no assim chamado evangelho da infância como mensageiro da Boa Nova do Reino de Deus, que já está presente na pessoa de Jesus de Nazaré, nascido de Maria. É ele quem anuncia o nascimento de João Baptista e de Jesus. Anuncia, portanto, o surgimento de uma nova era, um tempo de esperança e de salvação para todos os homens. É ele quem, pela primeira vez, profere aquelas palavras que todas as gerações hão de repetir para saudar e louvar a Virgem de Nazaré: “Ave, cheia de graça. O Senhor é contigo”.
Arcanjo Rafael
Rafael, que quer dizer “medicina dos deuses” ou “Deus cura”, foi o companheiro de viagem de Tobias. É o anjo benfazejo que acompanha o jovem Tobias desde Nínive até à Média; quem o defende dos perigos e patrocina o seu casamento com Sara. É ele quem tira da cegueira o velho Tobias. É aquele que cura, que expulsa os demônios. São Rafael é o companheiro de viagem do homem, seu guia e seu protetor nas adversidades.